sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A TELA DE COMPOSTELA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Matéria no corpo diluída
O Espírito a chama clarear
Contorno de tudo a acentuar
O Equilíbrio da alma indefinida

A estrada da poeira percorrida
O Peso da história a carregar
Andarilhos pelo mundo a vagar
Corpo dilacerado, carne dolorida.

Busca da grande interrogação
Indagação ao humano, toda hora.
Pergunta sem resposta, que aflora.
Na caminhada, da caminhada – a imensidão

A fadiga corrói o corpo fraco
Na tela do ferro a rasgar
O corpo humano a sangrar
Na busca da infinitude do aço

Em pedaços a matéria a chorar
Clamando o grande encontro
É o homem, é o outro, é o espanto
Que no final tem que juntar
Carregando em um só corpo o mistério
Destes fragmentos em um só “eu” aglutinar.

sábado, 7 de agosto de 2010

AO MEU QUERIDO NETINHO DAVI.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google
I
Duas, vê filho, é meu neto
Seu Berço - ingazeiras
O cariri a esteira
Um Ceará ao afeto.
II
Na suavidade da vida
Sua história uma canção
Seu destino em construção
Seu ideal é guarida
III
Na grandeza da existência
Espinhos, flores, a contemplar
Em uma estrada a esperar
O sumo da essência
IV
São muitos horizontes
Varias possibilidades
A cada probabilidade
Estrada, caminho ou monte
V
Creio no seu discernimento
Acredito na sua direção
O direito a construção
De uma vida em andamento
VI
Vida, vela, veleja
Além horizonte uma cruz
Que também pode ser luz!
Ao tempo senhor, peleja
VII
O espaço a passos marcar
Seu avô sempre a compasso
Na firme abertura do aço
Uma nova história a timbrar
VIII
Aposto no tempo
Acredito em sua formação
Creio na sua educação
A luz, o conhecimento
IX
Na malha do mundo
Uma cela a ser quebrada
Luz e treva são apresentadas
Em questão de segundos
X
A Fé a iluminar
O facho da indecisão
A Vida em projeção
Da proa, no mastro a velejar.