sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A TELA DE COMPOSTELA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Matéria no corpo diluída
O Espírito a chama clarear
Contorno de tudo a acentuar
O Equilíbrio da alma indefinida

A estrada da poeira percorrida
O Peso da história a carregar
Andarilhos pelo mundo a vagar
Corpo dilacerado, carne dolorida.

Busca da grande interrogação
Indagação ao humano, toda hora.
Pergunta sem resposta, que aflora.
Na caminhada, da caminhada – a imensidão

A fadiga corrói o corpo fraco
Na tela do ferro a rasgar
O corpo humano a sangrar
Na busca da infinitude do aço

Em pedaços a matéria a chorar
Clamando o grande encontro
É o homem, é o outro, é o espanto
Que no final tem que juntar
Carregando em um só corpo o mistério
Destes fragmentos em um só “eu” aglutinar.