segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O VÔO DA ÁGUIA

Luiz Domingos de Luna*
Livro digital - Google
I
No tapete da vida sitiante
Restrito a orla vegetal
Sem riqueza material
O sonho no horizonte
II
No tabuleiro do jogo existencial
Cada movimento estudado
Um universo, criado
A onda em movimento espiral
III
Cruza do sonho a luz
Aurora boreal a confirmar
O Vôo da águia a voar
Uma paisagem reluz
IV
O cariri dá rosto feliz
Aurora levanta a voz
Ceará nascente e foz
Tempo senhor juiz
V

A águia canta no ar
O Tempo ao templo parado
A vida some em segundos
Á águia não pode mais voar
VI
Na curva da estrada
O choque do pavio
Como um navio
Vida emparedada
VII
Vida transfigurada
No além do mistério
Existe um critério
Águia de luz
Em outro universo
Seu brilho no verso
No caminho de luz!
(*) Professor da Escola de Ensino Fundamental e Médio Monsenhor Vicente Bezerra - Aurora - Ceará

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O BLOG

Luiz Domingos de Luna
Livro Digital – Google.

Um bom livro
Em suas mãos
Páginas a folhear
Celulose sem gastar
Meio de comunicação
Depende de sua atuação
Para credibilidade conquistar
É também uma revista
Um canal de uma pista
Nunca vai poder parar
A história nele passa
Depende da argamassa
De volume bem dosado
Pois o olhar do outro lado
Diz se já foi visitado
Ou ainda vai visitar
Não dá para prender
Nem serve para vender
Nem para ser alugado
O seu preço é qualidade
Que depende do leitor
Que estabelece o valor
Do material postado
Nasce no novo mundo
Vive enclausurado
Na tela bem amarrado
Percorre em um segundo
A fronteira do infinito
A força de seu grito
Em horizonte firmado
Conduzindo com intensidade
A fórmula da liberdade
De um universo colado

domingo, 11 de janeiro de 2009

AOS SERES HUMANOS.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Quebrando correntes
No tempo a passar
Mistérios a desvendar
A todo o momento

Se tudo fosse diferente
Teria o ser humano
O pensar, um plano.
Da existência presente

Que show arriscado
De um palco sem fim
O infinito vem a mim
Ou já foi programado

Tanta existência
Quem vai usufruir
O tempo destruir
Ou há consistência

A Vida acompanha
As etapas da curva
Existe uma luva
De potência tamanha

Controlar o processo
De toda imensidão
É plenitude da razão
Ou pensamento, ao inverso.

É do ser humano obrigação
Conhecer todo o infinito
Ou existe um conflito
Buscando interrogação?

Já não é chegado
A hora de saber
Do universo o porquê ?
Na existência - postado.

ESPAÇO DE LUZ!

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Uma idéia nasceu
Percorreu o espaço
Sinto o que faço
Já não sou eu

A obra que rola
Na esfera social
No arremate final
Parece uma bola

Cada chute uma pancada-
O Público já analisou
Pois, ele é sempre o senhor.
Da obra que foi criada.

Estrada corrente de dor
Cada letra uma pisada
Toda linha esmagada
Na lógica do leitor

O Conjunto é uma esfera
De vértice quebrado
Ou tem giro acelerado
Ou o motor emperra

Passar no crivo social
Num filtro bem condensado
Na página, tela, lixo ou lado.
O Poema tem seu final.

A MIRAGEM.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

É muito fácil observar
A presilha dos seres humanos
Sentidos, prazeres, desenganos.
Uma paisagem a embelezar

Tudo parece um sonho
Emoções sentimentos
Um corpo lançado ao vento
Na busca de um mundo risonho

Cada um num carrossel a girar
O filme da vida pontuando
O Futuro ao presente ocupando
O Passado a história registrar

A maquina humana em movimento
Os líquidos internos em plena ação
Uma desordem que vai parar-Pena
Deixar a cadeira, para outro ocupar.
É um show com tempo determinado
É Viver plenamente a emoção?
É A razão e emoção conjuntamente
Ou o grande parque da Ilusão ?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

MEU PAI.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Posso chamar de Pai
A Vida ele me deu
Na construção do meu eu
O respeito vem e vai

Fica a recordação
Do lindo ensinamento
O Meu sentimento
Sempre no coração

Na selvageria social
A Bondade ele expressa
Uma vida que começa
Ao primeiro sinal

Difícil civilidade
Implantar na geografia
Serenidade e sabedoria
No Opaco olhar da cidade

Oh! Ingrata geração
Para dar alinhamento
O Brilho do Conhecimento
O Pulsar da gratidão

Caldo cultural deficiente
Espaço rústico de dor
Cuidai mestre, Meu Senhor
Na seleção da semente

Viajaste hoje ao mundo celestial
A Paz e o ensinamento
Quebrando sempre correntes
Plantando boas sementes
Num mundo desigual

A MÍDIA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Mundo maravilhoso
Formadora de opinião
Fonte de informação
Porta voz do povo

O seu erro é perdoado
Por que não teve intenção ?
Força viva da nação
Um fato interpretado

Liberdade de expressão
Da heterogenia social
A paisagem integral
Do mundo em evolução

Do povo soberano
O Estado de direito
Prefiro o defeito
A mordaça do tirano

Alimento da liberdade
Força da democracia
Tem poder e magia
É liga da sociedade

Mídia, povo e estado
Integração e harmonia
Luz de sintonia
A Beleza do separado
A junção do untado
Luz da democracia !

HUMANO É QUE SOIS.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Numa noite estrelada
Pedaços de vida
Não tem saída
No chão da calçada

Sem vestígio, sem nada
Tão pequenina
Garota menina
Morte agonizada

Qual o foi o martírio
De tão grande dor
Não tem mais amor
O último suspiro

Aonde chegamos ?
Onde vamos chegar?
Em quem confiar
É só desenganos

O convívio se esconde
É o monstro, o drácula conde.
Ou o novo monstro se esconde
Ou naturalização do mal

Senhor tende piedade
Livrai as criancinhas
Do ponto as linhas
Fugi da maldade

Um mundo ofegante
Com luz e com fé
Com alma humana
A força que emana
De uma civilização

Exclui o ódio
A monstruosidade
O poder da maldade
Semeai a luz !
Em todos os corações.

CARROSSEL EXISTENCIAL.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

O universo curvo em movimento
Derramado na grandeza universal
Força da beleza existencial
Paisagem contemplativa do momento

Infinito magnífico de grandeza
Planeta com vida continuada
Tudo em partícula integrada
Pois o azul dá o tom da clareza

Natureza de perfeito material
É de uma ótima administração
Cuide Senhor, zelai, ação.
Oh! Linda máquina natural

Seres humanos
Paisagem social
Uma bola sadia
Bem que Merecia
Uma rotação natural

Sem poluição
Sem destruição
Sem as ondas
Sedentas do mal.”

BARREIRA HUMANA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Quando a realidade
Parece muito dura
Sendo verde ou madura
No campo ou na cidade

Busca a oralidade
A notícia genuína
É o fel da mina
Ou a força da idade

Não dá para suportar
A Questão que se lida
É a força da vida
Que não pode parar

Em um assentamento
Colocamos a barraca
De uma situação ingrata
De posse ao pensamento

O Cheiro do cimento
Do queimado ou amargura
Não tem mais bravura
Não pode ser diferente

É a cola do tecido social
Limite de uma operação
É o sim dizendo não
É o operário em construção
É o primeiro sinal
É o vem e vai
Limites sem limites
Limitai!!!
Ou Iluminai ?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A BUSCA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google.

A Alma humana a buscar
A todo e qualquer momento
É uma força ou um sentimento
Que nunca pode parar

É incrível o aprimoramento
Que precisa aprimorar
O pensamento a vagar
Em um novo firmamento

Seja qual for à maneira
Tem que modificar
Pois está no DNA
É uma seqüência inteira

Tudo a repensar
Nada está concluído
É como um fluido
Em constante derramar

Talvez o eixo da dúvida
Esta procura, enfim.
Nada tem um fim
É o sentido da vida

Parar um instante
Isso nem pensar
A busca sempre a buscar
É uma corrente andante.

Aonde vamos chegar?

A EMANCIPAÇÃO DA TIGRESINHA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google.

Na caverna do grito
A pura opressão
A serviço do cão
Vida em conflito

Corrente de aço
Freio da civilização
Da beleza – a punição
Da suavidade - o pedaço

Poder de coação
Infligindo ao belo
Um mundo em farelo
Não tem emoção

Força da maldade
Criaste a ferida
A gaiola trazida
Leveza sem liberdade

Passiva e paciente
Um mundo a voar
Na tela a quebrar
A emoção consciente

Planeta continuado
Ao futuro povoar
Nos grilhões a chorar
O caminho trincado

Semente da preservação
Maltratada e dolorida
Julgada e oprimida
Não tem solução

A Lutar no tempo
Vencer o preconceito
Um simples direito
No véu do tormento

Casas e guerras
Que nunca terminam
Luta genuína
O silêncio encerra

Abri sutileza – a mordaça
Deixa passar
Precisa caminhar
Liberdade da fumaça

A dona do tempo
Forma nova geração
Para que opressão
Tigresinha – O momento

A DIMENSÃO DA CURVA

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Ser simples como o vento
Sem orgulho ou vaidade
Sem presilha de saudade
O fazer do talento

Neste espaço
A arte derramada
A humanidade untada
A mansidão do aço

DNA do pedaço
Clone da existência
Parada!!! Penitência
Mel, fel, Melaço

Teima rima
Idéia quebrada
Vida aviltada
Polidez, Lima

Floresta humana
Paisagem social
Ócio, diferente ou igual ?
Vida que emana.

Cadê vaidade ?
Tua força jovial
O Saldo é o sal

Felicidade?

Haja serotonina
A cor do batom
É quem dá o tom
Da vida que começa ?

Ou da que termina?

ADOR DA MEMÓRIA

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Em uma história
Que foi tão florida
De vida vivida
Saudosa memória

Foste à mãe que alimentou
O retrato que estou
A tristeza que aflora

Pudesse aurora
Contemplar novamente
Regar a semente
Da sombra frondosa

Untados nós somos
No mesmo ideal
Qual foi o pecado
Que nós cometemos

Um paraíso tão lindo
Tinha Adão, tinha Eva
Tinha serpente
Estrela azulada

Tinha perfume
tinha luz,Tinha água
tinha alma
Porque me seduz

Está-se nu no infinito
O nosso grito
Já foi quebrado
De um tempo passado
Que vive com glória
Martela e sufoca
A minha memória

Qual foi o meu erro
De um martírio doentio
Acendi o pavio
Do espertalhão
Sem tela
sem cor
Sem brilho
sem luz
Sem agora
Mataste a aurora
Do meu Coração.

MENINA DE LUZ!

Luiz Domingos de Luna
Livro Digital - Google.

No túnel do tempo
Os arranjos a rondar
Em um mundo a rodar
Na dor do momento

É hora de pensar
Os novos arranjos
Ou então mais anjos
O preço a pagar

Qual o defeito?
Da imantação
Em combinação
Que não vai fechar

Sofre a menina
De uma, psicologia assombrada
Duma ligação quebrada
De sonhos caídos

O Íntimo do ser
Que não vai untar
Uma união que não une
Que teima em quebrar

Quem acredita chora
Não tem simplicidade
O psicológico arrasado
E o mundo evapora

Um anjinho subindo
Um mundo sumindo
Não tem mais amor
Cuidai senhor!
Da mártir da hipocrisia

Num eterno tempo,
A um só tempo,
Todo tempo a chorar.
Sempre a chorar ?

REFLEXO DA FÉ.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

A inteligência consome o meu espírito
Para tudo tenho uma explicação
Sou resultado de uma evolução
Assim, sou finito ou infinito?

Construo a grandeza artificial,
Por isto sou grande e efervescente
Mas de manhã quando olho o nascente
Vejo algo mais perfeito e natural

O que faço vejo sem igual,
Pois ao instinto, digo -inteligência.
Ao ser humano isto é essência?
Irracional tendo, a minha é especial.

Sou pequena matéria atrevida
Que vive no minúsco habitado
O agrupamento da soma e resultado
Sou o aqui da minha e tua vida

Mas se o ar que faço não respiro
Onde está minha potência e grandeza
É destruir a natureza?
Sim, -mas…a admirá-la, me admiro.

Sendo ou não religioso
O ar de inferioridade me domina
A beleza natural que me fascina
O Infinito deslumbrante e misterioso.

DROGAS.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google.

Entrando numa fila
Do claro ao escuro
Um quintal sem muro
Acaba-se a vida

Veneno entupidor
Do equilíbrio existencial
Onda sedenta do mal
Do martírio a dor

Ego dilacerado
Corpo viciado
Dependência doentia
Vida de agonia
Prazer que mata
Distrai, destrói
Corrompe a alma
Cega o espírito
Assassina o ser
É o começo do fim
O fim que se vive
O fim que se irá viver?

TENTAÇÃO.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Toc, Toc, a porta fechava.
Numa linda manhã
Na inocência louçã
Uma Gata me olhava

Uma gata manhosa
De pele macia
Cheia de alegria
Toda fogosa

Dormia e roncava
Ficava admirado
No braço cruzado
Na estrada levava

De uma grande leveza
Inofensiva parecia
Ao passo que transcorria
Um olhar de beleza

Um automóvel buzinava
Na curva da estrada
A Gata assustada
O Meu lábio rasgava

A tentação do momento
De me sangrar
A boca a rasgar
Desejo cruento.

No lábio, a fenda rochosa
A Linha bem cruzada
Cicatriz estampada
De uma gata perigosa.

O PODER.

O Poder
Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Força de ação
Do bem ou do mal
Ponto temporal
Sociedade –Ligação

Da visão conjunta
O desenvolvimento
Luz do talento
Liga que betuma

Da visão individual
Dor que atormenta
A sociedade lamenta
O cheiro do mal

Sem o deslumbre
Compromisso na mão
Povo, cidade, nação
Sol, luz, vaga-lume

Quando o ego se projeta
Nasce o tirano
Não existe humano
Cinza que inquieta

A sociedade agonizada
Ferida cambaleante
A certeza do errante
Civilização estagnada

O poder é entre
Espaço tempo
Luta a todo o Momento
Entre, saia, sempre.

PALCO ILUMINADO.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Em cada sonho uma fantasia
Que percorre o pensar
No momento a gritar
Força que extasia

Girando no encanto da vida
Um gesto nobre propicia
Na luz que irradia
No instante eterno - a guarida

O cenário todo florido
Uma paisagem a contemplar
Um universo a pensar
No tempo um fluido

Que teima em derramar
Gotas de um sereno
Um incenso ameno
A existência contagiar

Interação perfeita
Arquitetura social
Beleza natural
Obra prima feita

Cada ser é arquiteto
Que a história aniquila
É o sonho da vida
Inacabado um projeto

Um projeto inacabado
Que falta ser decifrado
Ou um palco iluminado
Explicação buscando?

ABAIXO O PRECONCEITO

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Chega de pechas
Diferentes.. excluidos…ou o que for.
Quebrai senhor as arestas
Trazei um mundo heterogêneo e diluido
Irmão da sua orientação, você é senhor

Abri as portas da mente
Semeai a semente
De um mundo multicolor

Vivei a plenitude, vivei a liberdade
Cuidai da responsabilidade
Da sua sexualidade, você é o senhor.

Nós somos todos contribuintes
Não somos ouvintes
De um canto de dor
Vivei a liberdade
Respeito e responsabilidade
Para um mundo promissor.

É um grande desperdício
Ao irmão discriminar
Qual seja sua orientação
Ou sua forma de pensar

Pois quando eu externo opinião
Espero me respeitar
Mas como posso exigir isso
Se não sei: ao outro tolerar?


Precisamos entender
A heterogenia social
Para não ignorar
A opção existencial

É o estilo do homem
De uma sociedade - a acelerar

Chega de rótulos idiotas
De preconceitos rotulados
Lutemos pela liberdade
Harmonia da sociedade
E da vida só bem estar

Deixai aos seres humanos
A sua paz,
Liberdade de ser,
De viver,
De pensar.

Pois todos somos iguais
Na biologia molecular
Fomos e somos
46 cromossomos.
Compreenda as preferências
Entenda as diferenças
Para poder se respeitar.”

O FIASCO HUMANO.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Quando as carnes dão uma tremedeira
O peso do corpo começa a incomodar
O cansaço, a fadiga, a dor em respirar.
O mundo fica distante, do olhar, a olheira.

A alma fica contrariada
Em pane, as taxas, exauridas.
A Matéria, o espírito, uma ferida.
O corpo na luta continuada.

O passado, presente bem distante.
O acordar, um suplício consciente
O Vigor do outro, um fato ausente
O fim, realidade, no mapa pensante.

Tristeza penaliza espírito em agonia
Sem uma lógica existencial confirmada
Só se pensa na cinza, no pó e no nada.
Cultura de uma tradição doentia.

A dor, do desconhecido interrogado
A Emoção a flor da pele – Emocionada.
Mas é o fim, o pó, a cinza é o nada?
Ou medo feroz no corpo entranhado?

Qual a lógica desta lógica doutrinada
Quem criou este medo generalizado
Se o fim material é um fato consumado
O espiritual - É a dúvida que foi criada?

Numa nova dimensão sem idade
Mas se o fim for um começo a raiar
Quem teme a matéria esfarelar
É um apego a si, família, sociedade?

É a vida cultural assimilada
É a seta do fim já chegado
O existir humano pulverizado
A matéria ao pó, virou nada.
Constância na história-Constatada

Medo da vida desmaterializada
Certeza de um fim determinado
Ou a dor de um mistério
Que não foi desvelado
Uma ida sem volta. - Reviravolta ?
Do nada o tudo, Ou tudo do nada?”

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

NA ROTA DE MARTE.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital -Google

Ó Vastidão de areia
Gás carbônico inalado
Estou todo sufocado
O Véu do ocre azuleia
O Frio agoniza a matéria
Poeira de gelo a esfarelar
Verde ou azul a complicar
Abstrata, vapor da artéria.
Monte Olympus a contemplar
Cânions da futura geração
Crateras horríveis no chão
Fossas de um mundo a passar
Gipso argiloso e ligeiro
O Meu guia a alertar
Estratos de sulcos a cortar
Água passa fica o cheiro
Altura que perdi
Na órbita ao girar
Meu guia a contar
Coisas que nunca vi

INTERRUPÇÃO.

Interrupção
Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

O Tempo quebra o espaço
No grito que foi sufocado
Corpo sem vida parado
Marca do tracejado Compasso

Deixei a marca no aço
Não completei a missão
Estou noutra dimensão
Não sei o que é que faço

A matéria não cabe em mim
A luz não curva o universo
Penso que atravesso
Um Horizonte sem fim

Estás próximo de mim
Mas como manter contato
Não sou um ser de fato
Sou uma onda vaga sem fim

Falta o ponto linha ou cruz
Ou uma voz para falar
Não posso sempre vagar
Numa atmosfera sem luz

A FABRICA DE UNIVERSOS.

Luiz Domingos de Luna
Livro Digital - Google

Os bósons são inteligentes
Escondidos em outra dimensão.
Por que tanta precaução
É um ato consciente?

A ciência está na cola
Graças à matéria escura
Que dificulta a procura
Confunde o eixo da mola

Choque de matéria e luz
Curvado no infinito
São partículas de granito
Ou mistério da órbita conduz?

Esta imantação é problema
Dependência de uma ditadura
Da energia e da matéria escura
Um cárcere privado com algema

Iluminados - O que fará
Com o bóson aprisionado
Um mistério bem guardado
Ou ao humano entregará?

A Quem interessa?
Uma fábrica de universo
Os paralelos diversos
Para que tanta pressa

Um universo precisa
De um planejamento
Senão o novo engole a gente
Seja humano ou não
Tudo vai para o ralo do nada
Cadê a inteligência em projeção
A Consciência e a razão
Virou tudo fragmento
Não basta o pensamento
No túnel do tempo
Numa vida a bailar

UNIVERSO PARALELO.

Universo Paralelo
Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

No palco da existência
Bilhões de combinações
Infinitas proporções
Da matéria a essência

O Universo unificado
Longe da imaginação
Entrar numa prisão
Por tempo determinado

Matéria não adaptada
A um tempo a correr
Na dependência sofrer
Corpo, a vida deixada.

É uma ida, uma volta.
É o estar é o ser
É o Poder é o ter
É uma reviravolta?

Entrar numa dimensão
Do tudo - do nada nasce
É apenas um disfarce
Do nada a terra o chão

É uma magia encantadora
Toda carne é morredoura
Sem ela, a imortal.
Alma sonhadora

Na vida a vagar
Uma compreensão
Uma explicação
Ninguém quer falar

Quem pode entender esta seta
Que a história inquieta
Teima em voltar.

O VAZIO.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

O Vazio não pode ter nada
Se tiver algo, ele está ausente.
Na plena ausência está presente
Antes do ponto ou depois da disparada?

O Vazio não pode ser conceituado
A Noção que se tem é dogmatizada
A ausência é a presença do não chegado
O Vazio não tem uma lógica estruturada

O Vazio não pode ser preenchido
Preencheu o vazio, ele sumiu.
Sumiu-se, ele nunca existiu.
O Vazio está escondido?

O Vazio quebra a existência
Quebra a matéria e o tempo
Não pode ter momento
Existe no cosmo?
Ou na inteligência?

Como encontrar o vazio?
A existência toma seu espaço
Ou ela está em pedaços
A ausência de tudo.
Quem já viu?
O Nada absoluto.
Plena Garantia
Sem buraco negro,
Sem quasares.
Sem o avesso da matéria
Sem o avesso da energia
Sem átomos,
Sem moléculas.
Sem luz,
Sem escuridão.
Um vazio perfeito
A ausência da existência
A Luz da criação!

PASSOS.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Passos que passo
Passos que vem
Passos do além
Não sei o que faço
É como um compasso
De um tempo passado
Já foi um chamado
Na imensidão do espaço
Ouvi um grito
Parecia um trovão
Na escuridão
Estava aflito
Pulei noutro astro
Deixei a pisada
Tá lá registrada
Como um mastro
Luz em ebulição
Fiquei assustado
Parece ter entrado
Noutra dimensão
Tudo tão diferente
Um carrossel giratório
Um som vibratório
No meu consciente
Sonho ou realidade
Não sei precisar
É um vôo a voar
Não tem gravidade
Uma mão me puxou
Numa frieza gelada
Não sei mais de nada
Num novo mundo estou.

ONDA QUE CHORA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

História dos papéis
O mouse a demarcar
Palavras que somem
Mas que vão voltar
A tela da história
Um trabalho a postar
Um instante eterno
Que não vai durar
Tudo a voar
Sempre escrevendo
De um tempo correndo
Não pode parar
Vida sumida
Na abstração
Vida já vivida
Em outra ilusão
No útero da terra
Vai transformar
Onda que passa
A outro repassa
Sempre a chorar

PINGO DA VIDA ?

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Era um pingo
Começou a girar
Fiquei a olhar
O Seu caminho
Desceu a ladeira
Parou um segundo
Estava imundo
Cheio de poeira
Bolinha consistente
Ganhou conteúdo
Da parte o tudo
Sempre à frente
Rolou num tinteiro
Ficou colorido
Bicho sabido
Fugiu bem ligeiro
Atravessou uma vala
Passou na ferida
A Bactéria Lambida
A Vida levava
Pingo complicado
É a vida da ferida
O pingo da vida
Ou tudo disformado ?

UNIVERSO EM EBULIÇÃO.

Luiz Domingos de Luna
Livro Digial - Google

A Razão derramada imponente
Espera a emoção ser filtrada
Um planeta sem enquadramento
Numa existência não observada

Nascimento das trevas e da luz
Luta de um perfeito alinhamento
São razões, emoções, pensamentos
Corpo girando em universo reluz

Poder de uma grandeza infinita
Uma mensagem a ser decifrada
Quem percorre esta estrada
Sente a dor de quem grita

Porque derramada existência?
A razão não sabe contemplar
A emoção perdida a divagar
Na corrente de um sonho eterno
Em um tempo, a um só tempo
Poder, quem sabe um dia, revelar

domingo, 4 de janeiro de 2009

AQUECIMENTO GLOBAL.

Luiz Domingos de Luna
Livro Digital - Google

Sapo Dourado Panamenho
Da floresta americana
Beleza pura que emana
Da natureza em desenho

Amarelo, delgado e pulador.
Afilado, gentil e hospitaleiro.
Cantando no lindo desfiladeiro
Nos bosques um hino de amor

Predador do equilíbrio natural
No habitat rico dos pampas
Desliza no declive das rampas
Numa felicidade sem igual

Dos rios, lagos e florestas.
Vaidoso no passeio matinal
Não vê o aquecimento global
Devorar sua história, sua festa

O Fungo espera para atacar
O Planeta deu sinal de alerta
O fungo voa como uma flecha
O Sapo não vai mais cantar

Amarelo é a cor da atenção
Do sapo panamenho dourado
Da existência já foi tirado
Mais um ser em extinção.

O GÊNIO DA GRAVIDADE.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Cada tombo uma queda
O Ser vivo a equilibrar
Não pode escorregar
Uma altura que esfarela

Quem anda de avião
Já fica preocupado
Numa pane é jogado
Corpo sem vida no chão

Gravidade impiedosa
Sempre a puxar das alturas
Até às vezes, dá tonturas.
De queda assombrosa

Lá da montanha, um condor.
Voava tranquilamente
Num instante somente
Pensei que estivesse parado

Parado nas alturas
Está tudo errado
Cadê tua força, puxador?
Eu estava enganado
Não era um condor
Não era um planador
Era um simples beija-flor
Enganando a gravidade.

A VIDA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Ó alma viva de gosto variado
Estrada curta, florida, espinhosa
Mistério da beleza misteriosa
Interrogação no momento interrogado

Agregado da parte natural
Paisagem bela do mundo
Deixa o ser em segundos
Dúvida ágil do espaço sideral

Sou o reino vegeto animal ?
Brisa suave do mundo
Meu trajeto é todo oriundo
Sou o todo na parte especial

Não estou no inerte material
Sou o sumo de um alvorecer
A essência pura do porquê
Sou sempre um mistério universal

Um único ser me entende no universo
Pois me fez o tudo do nada
Por ele fui gerada
E do nada - Sou o inverso

Sou o reflexo de uma saída
A Luz! de uma entrada
O suco da cinza encarnada
A réstia da mesma cinza esquecida.

O OBSOLETO ?

Luiz Domingos de Luna
Livro digital -Google

Por que tenho que respirar?
Pisar na terra, no solo, na água e no mar
Agarrado à gravidade
Para uma besta morte me levar
Não dá para ser diferente?
Tenho que ser dependente
Da terra, do fogo, da água e do ar?
Por que não sou uma semente?
Para o sopro da vida continuar
{A clorofila} eu sei processar
{Ao ar} não preciso contaminar.
Tenho meu próprio alimento
Na terra, no fogo, na água e no mar
Um planeta livre, rotativo.
Tem como ficar torto ?
Não, - morto?
Não
Como assim?
Está vivo.

TRAVESSIA

Luiz Domingos de Luna
Livro digital -Google.

A Parede da mente
Está quebrada
No conflito da estrada
É reviravolta somente

Á águia está lá
A asa ferida
Sem guarida
Sempre a voar

A água agitada
Tem que passar
Furacão no ar
Força anulada

Na superfície a pisar
O mergulho da morte
É o único suporte
Que espera chegar

Tremulante momento
Uma chuva de vento
A águia a carregar
Rasteja na onda
Como uma lona
O espaço ganhar
A asa dobrada
Tão fatigada
A praia chegar.

TRANSFORMAÇÃO.

Luiz Domingo de Luna
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Reguei uma planta
No meu jardim
Era um Jasmim
Beleza que encanta
Entre espim
Uma lagarta
Como uma carta
Vinha a mim
Toda enrolada
Comia clorofila
Pele colorida
De fogo chamada
Numa manhã florida
A lagarta sumiu
A borboleta me viu
Nos caminhos da Vida
Contemplando o chão
A asa em giro agitava
A Paisagem deixava
Na linha da imensidão.

REMOÇÃO.

Luiz Domingos de Luna
Livro Digital - Google.

Qual a mensagem dos tempos de outrora?
Se cada corpo já foi consumado
Ainda hoje está sendo transformado.
O modo do passado é o mesmo do agora.

A matéria se diz evoluida
Porque não vê o golpe da separação.
O lugar dos que foram é o mesmo dos que vão
E assim a moda passa e fica a vida

É um estar na vida momentânea
Que nos deixa e segue a caminhada
Do passado fica só a malha armada
Para, que pena! - entrar os contemporâneos

As inteligências interrogam o mistério
Do mesmo modo que já foi interrogado
O futuro continuará a ser passado
Os que chegarem adotarão este critério

E o que se vê é uma fase removida
Que cada um de qualquer maneira leva
Não se fala se tem ou não reserva
E assim vai o remo e fica a vida.

DIALÉTICA HUMANA / ALMA DE CUPIM.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Adora a existência
Destrói o belo cultural
O espaço sideral
Inteligência da potência
Muda a paisagem
Fere a natureza
Cultura da frieza
Maltrata a beleza
Em qualquer passagem
Dialética humana
Constrói o artificial
Dizima o natural
Da fumaça que emana
A construção de desertos
Na alma impregnada
Cultura abandonada
Não pode sobrar nada
Em campos abertos
Qualquer jardim
Deve ser venerado
Aplaudido e aclamado
Querendo o seu fim
Luta demente
Não tem beleza
Não tem natureza
Não tem jasmim
Jardim da humanidade
Todos têm direito
Qual foi o defeito
Todos defendiam
Todos aplaudiam
Não tem mais jardim
Não tem mais culpado
O tempo rolado
Vida gelada
Cultura quebrada
Num mundo sem fim
Corpo humano
Alma de cupim.

PLANETA QUE CHORA.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google.

Reflito sobre a vida
Sobre o mundo rotativo
Do universo exuberante
Da beleza do ser pensante
Do mundo mágico criativo
É o solo, é a existência roída
De um planeta que chora exaurido.
De uma fumaça de gás comprimido
De um berço que faz sentido.
De uma paisagem destruída
Que teimo em desfrutar
A reta um ponto vai ficar
O fim, o começo a externar
O espaço a gritar
O ambiente somente?
A água?A selva?O mar?
E nós humanos?
O planeta chora
A inteligência ignora?
Onde iremos morar?
Sem terra, sem piso, sem ar
Sem fogo, sem água, sem mar?
Por que a poluição?
O farelo da destruição
O lixo cultural?
O rio é um esgoto
O mar está morto
O ar é aborto
De quem quer abortar,
Assim, volto ao pó
Não tem reciclagem
É uma viagem
Mas viajo só?

SOBRAL NA MISSÃO / PE. IBIAPINA

Luiz Domingos de Luna
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As casas de Caridade
Ponto de apoio da missão
Pois em redor povo cristão
Força viva e lealdade
Era sinal de uma cidade
Tenacidade e mobilização
Presença da missão
Do social, - a espiritualidade.
As irmãs de destaque um papel
Educadoras enfermeiras
Evangelizadoras por inteiras
Trabalho acirrado e fiel
Os escritos chegaram até nós
Cartas, regras, instrução.
De Sobral a iniciação
Do mestre, missão da voz.
Eminente na fé cristã
Irmãs, obras edificadas.
Uma missão abreviada
Doutrina livre e sã
São poucos os documentos
Mas, de testemunho eloqüente.
Bastante e o suficiente
De um nordeste em andamento
Ibiapina, como missionário
Um verdadeiro educador
Para o pobre do interior
Um grande visionário
Cortou laços com cidades
Buscou locais abandonados
Aos camponeses organizados
Difusor da espiritualidade
Ibiapina, trabalho do povo feliz
Teve grandes desafios,
Foi bacharel, juiz,
Deputado, vigário,
Professor de seminário
Para o sertão, não foi tolamente,
Mas um estudo calculado
Dos pobres abandonados
Sem ilusão, ao povo nordestino.
Provou que todos
Podem viver sua espiritualidade
Fundou as casas de caridade
Luz de construção!
“Do nosso próprio destino.”

AURORA TEUS CEM ANOS DE EXISTÊNCIA.

Art 6º - Fica implantado o hino a seguir, como o hino oficial do Centenário de Aurora Ceará, com letra e música de autoria do professor Luiz Domingos de Luna e arranjos muiscais do maestro Esmerindo Cabrinha da Silva. Ref. TÍTULO V - DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS. Lei Orgânica. Aurora -Ceará, outubro,2008. (reformulada)

AURORA TEUS CEM ANOS DE EXISTÊNCIA

Luiz Domingos de Luna
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I
Ó terra púrpura de lagos verdejantes
És o símbolo da simplicidade e da guarida
O teu solo identifica nossas vidas
O acolher dos teus filhos e viajantes
II
Situada num recanto cearense
Simbolizas a imagem da pureza
O teu semblante é sempre de beleza
Ó digna terra onde vivem os aurorenses
III
És simples como um sorriso de uma criança
Pura como a essência de uma flor
Em ti todos depositam amor
És o fruto meigo da esperança
IV
És Aurora de um nascer perfeito
A flor que resplandece a alegria
A chama que queima a orgia
A essência pura que me deleita
V
Quando o sol nasce teu nome é lembrado
Berço simples de amor e esperança
Em ti os teus filhos depositam confiança
És uma flor da haste consagrada
VI
Os teus cem anos é o néctar da bondade
Pois situaste a fervura do amor
Terra da crença no Jesus Cristo Salvador
Que é o grande padroeiro da cidade
VII
Na análise dos tempos de outrora
Sempre foi vista a tua gratidão
Teu nome está em cada coração
Ó minha linda cidade Aurora !

Autor - Luiz Domingos de Luna
Reflexões Poéticas 1984
Gráfica Cajazeiras .

JUAZEIRO DO NORTE - FUNDAÇÃO E ROMARIA.

Luiz Domingos de Luna
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Correu o boato primeiro
No Vilarejo ignorado
No Cariri instalado
Do Ceará, o Juazeiro:
Um padre piedoso
Acolhedor de peregrino
No sertão nordestino
De coração bondoso
Instrutor do povo
Desprovido e miserável.
A seca da terra arável,
O arado para o novo
De pedintes, aos sertanejos.
De penitentes à instrução,
Do trabalho a oração,
A sábia pregação,
No púlpito, chegou primeiro.
Assim nasce juazeiro
Do sertanejo, - A missão.
Qual era o penitente
Que não encontrava conforto
Na casinha lá do horto?
O patriarca presente,
As minas do Coxá
Para a futura messe,
A base que engrandece
A sua missão popular,
A Santa Cruz presente
No cruzeiro itinerante.
Não tem povo ignorante
Quando se planta a semente
Qual o raiar sem hino
Da harmonia ritmada.
Do Araripe - a chapada
De um povo peregrino,
O Sonho de Canaã
Jorrando leite e Mel
Nem a princesa Isabel,
Conseguiu àquela manhã.
Cícero Romão Batista, instalou
Uma nova realidade,
Juazeiro uma cidade
Que com o povo criou
Nasceu da fé popular,
No nordeste ganhou vida,
Do sertanejo a acolhida.
O Rezador estava lá,
A Ordem Organizada,
A Cruz que simbolizou
O patriarca aceitou
Esta grande empreitada.
Adjetivo se coloca,
Mas não se sabe a bonança.
Um povo com esperança.
Quando a cruz se desloca,
O cruzeiro vai à frente
Abrindo um novo destino
Do santo nordestino
Popular – Orador, Consciente.
Renovações cantadas,
Romarias em direção
Do sertanejo ao sertão.
Juazeiro – Em baladas
Cantai no alto da noite
O hino da Ladainha
Ao caminho, logo vinha.
Em busca de juazeiro.”

TRISTE SINA.

Luiz Domingos de Luna
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Que triste sina esta minha!
De nascer neste torrão
Pegado na mão da miséria
E agarrado no fracasso
Tem que ter nervo de aço
Para não virar pedaço
E suportar a aturação
O poeta é graduado
Mas sem anel ou anelado
Não vai mudar o estado
Da nossa situação
Convidei os folcloristas
Para assistir nosso forró
Sem sanfona, sem zabumba.
Sem triângulo e sem suor
O teclado agora berra
Não tem mais o pé de serra
Não sei se acerta ou erra
Quem tirou o pão de ló
Fomos olhar a boiada
Que era tangida na estrada
Pois o chocalho se ouviu
Que boiada que nada
Era um coitado que cantava
E seu nome era brasil.
Convidamos toda a mídia
Jornal, rádio e televisão.
Todos gritaram a uma só voz
É uma doença que atingiu o seu coração
É um vírus persistente
É uma força onipresente
O seu nome é conhecido
É um bicho bem sabido
O nome é corrupção
Ataca a democracia
Corrói a instituição
O direito se esfarela
Pois até a sua costela
Vira massa de construção
Acaba-se o operário
Ou espertalhão ou otário
Eis aí a prescrição
Dá uma febre danada
O termômetro nãoBaixa nada
Pois pode olhar a pesquisa
Só se olha o do outro
Que se visa
Não tem mais o cidadão,
São espertos, vivo, sortudo, sabido?
Todos são conhecidos
Mas não com nome de ladrão.
Quem falar isso é mentiroso, não é patriota,
Não passa de um agiota
Que quer loar a vernaculação
Cadê a ética, a cidadania.
A dignidade, a família. o Estado.
A sociedade, o contrato social
Ainda bem que a justiça é cega,
O futuro se encerra,
Em mais um filme
Que todo mundo viu,
A imprensa não foi silenciada,
Mas, por mais grito,mais grito,
Mais roucada,
Mais dia,
Menos dia
Fica calada,
Pois é um grito
Que ninguém quer ouvir mais não.
É o dia da diária
A quinzena da quinzenada
É a mensalada do mensalão
É o grito da boiada queficou para trás
NãoTem mais boiada não.
É o sertão que virou mar
É o mar que virou sertão.

AURORA, UMA JANELA PARA O CÉU.

Luiz Domingos de Luna
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Pedi permissão ao tempo
Nas asas do pensamento
Voando vai minha ilusão
Pelos caminhos obscuros
Da minha história esquecida
Momentos de vida vivida
Na mais linda sedução
Pois ainda em tenra idade{...}
Deixei minha cidade na construção do meu futuro,
Sonhei, lutei, na selva humana
Ganhei o meu troféu de herói,
Construi minha cabana
Tenho o meu transporte
Meu trabalho é o suporte
Da minha vitória suada,
Neste pais eu andei,
Ralar como eu ralei,
lutar como eu lutei
dia e noite, noite e dia,
Busquei no íntimo de minha alma,
a estabilidade sonhada
Na poeira de uma estrada que ainda hoje percorro.
Hoje vivo nas metrópoles, nos mais diversos lugares,
Adquiri meu espaço
Com a força da determinação do aço,
Já me vi em pedaços,
Mas hoje a minha força é a vitória do que faço.
Consegui o que queria numa luta bem renhida,
Luta que se renova no amanhecer a cada dia.
Sou um aurorense firme,
tenho a minha própria história
Na janela da memória
Vivo a minha própria emoção
Em ver minha querida cidade
respirar o hálito oxigenado,
Que ao mundo me trouxe a luz,
Na grandeza do momento,
Em meu apartamento
a lembrança me seduz,
Do rio salgado, as cachoeiras,
na beleza de nossa feira,
Do caldo de cana ao aluar,
da tapioca ao beiju
Do melaço da rapadura ao canto do sabiá,
Naquelas noites estreladas os fogos, reisado
O apito do trem, as missas bem demoradas
As renovações bem tiradas
As serenatas cantadas.
De manhã a passarada num canto de louvação.
Aquelas horas batidas no sino bem compassado,
era sinal de finados,
Ou o repique tocado de um anjinho que ao céu subiu,
Todos para a ABA numa inocência fecunda
Tinha quadrilha, arrasta pé, ao som de uma vitrola, era uma festa junina,
Tinha bandeira, tinha roça, tinha quermesse, e quadrilha, broa de milho, quebra-queixo, pão de ló, tinha desfile.
Nesta janela, eu vivo o tempo que não passou,
pois ser aurorense é preservar a sua história.
Guardar no canto da memória o seu lindo e singelo amor,
Um amor a toda hora, que em todos nós aflora o cheiro forte e polido.

GOOGLE, LUZ DE CIVILIZAÇÃO!!


Google, Luz da Civilização!

Luiz Domingo de Luna
Livro digital - Google

O Google encanta o mundo
A informação gira o planeta
Como uma carrapeta
A busca em enésimos de segundo
Uma ferramenta globalizada
Democrática e pulverizada
A serviço da humanização
Luz de vida!
Luz de mundo!
Luz da humanidade!
Luz de civilização!!!