terça-feira, 6 de janeiro de 2009

O FIASCO HUMANO.

Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google

Quando as carnes dão uma tremedeira
O peso do corpo começa a incomodar
O cansaço, a fadiga, a dor em respirar.
O mundo fica distante, do olhar, a olheira.

A alma fica contrariada
Em pane, as taxas, exauridas.
A Matéria, o espírito, uma ferida.
O corpo na luta continuada.

O passado, presente bem distante.
O acordar, um suplício consciente
O Vigor do outro, um fato ausente
O fim, realidade, no mapa pensante.

Tristeza penaliza espírito em agonia
Sem uma lógica existencial confirmada
Só se pensa na cinza, no pó e no nada.
Cultura de uma tradição doentia.

A dor, do desconhecido interrogado
A Emoção a flor da pele – Emocionada.
Mas é o fim, o pó, a cinza é o nada?
Ou medo feroz no corpo entranhado?

Qual a lógica desta lógica doutrinada
Quem criou este medo generalizado
Se o fim material é um fato consumado
O espiritual - É a dúvida que foi criada?

Numa nova dimensão sem idade
Mas se o fim for um começo a raiar
Quem teme a matéria esfarelar
É um apego a si, família, sociedade?

É a vida cultural assimilada
É a seta do fim já chegado
O existir humano pulverizado
A matéria ao pó, virou nada.
Constância na história-Constatada

Medo da vida desmaterializada
Certeza de um fim determinado
Ou a dor de um mistério
Que não foi desvelado
Uma ida sem volta. - Reviravolta ?
Do nada o tudo, Ou tudo do nada?”