Luiz Domingos de Luna
Livro digital - Google
Em uma história
Que foi tão florida
De vida vivida
Saudosa memória
Foste à mãe que alimentou
O retrato que estou
A tristeza que aflora
Pudesse aurora
Contemplar novamente
Regar a semente
Da sombra frondosa
Untados nós somos
No mesmo ideal
Qual foi o pecado
Que nós cometemos
Um paraíso tão lindo
Tinha Adão, tinha Eva
Tinha serpente
Estrela azulada
Tinha perfume
tinha luz,Tinha água
tinha alma
Porque me seduz
Está-se nu no infinito
O nosso grito
Já foi quebrado
De um tempo passado
Que vive com glória
Martela e sufoca
A minha memória
Qual foi o meu erro
De um martírio doentio
Acendi o pavio
Do espertalhão
Sem tela
sem cor
Sem brilho
sem luz
Sem agora
Mataste a aurora
Do meu Coração.